segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A Penúltima Fronteira


Segue abaixo a crítica sobre meu livro "A Penúltima Fronteira", pela leitora Rita de Cássia, a qual chegou em minhas mãos e aqui vai como no original.

A Penúltima Fronteira

Segundo livro do escritor Roberto Marcelo, A Penúltima Fronteira narra a epopéia de Pietro espanhol de nascimento que vai atrás da cura da mulher amada.

Escritor de extrema sensibilidade, Roberto Marcelo romancista e poeta vai nos envolvendo com as aventuras heróicas de Pietro que nos leva a Roma, Grécia e Jerusálem. Com ousadia o escritor narra um dos momentos mais belos da história: a Ressurreiçao de Lázaro e sobre a trajetória do povo judeu até o maior homem que já existiu: Jesus Cristo.

A hitória dialoga com o belíssimo filme "O Piano" com direção de Jane Campion, quando Pietro sabe que sua querida Mariahn teve um dos dedos cortados pelo pai dela. Nesse momento a dor de Mariahn é a mesma dor e humilhação de Ada, protagonista do filme. Outro episódio é o que nos remete ao filme "Mestre dos Mares" com o talentoso ator Russell Crowe, sobre o tribuno Espúrio Levinio, comandante da embarcação que leva Pietro de volta para a Espanha: "...Sua vida era o mar, o mar o seu trabalho, o trabalho o seu amor e o amor à propria vida que saía das narinas a se misturar com o ar dos outros. Sim este era Espúrio Levinio, um, tribuno romano vestido com elegância em seu barco veloz e que pensava muito à frente de seu tempo..." O capitão do filme Mestre dos Mares "e o tribuno" nutrem o mesmo amor pelos oceanos.

É impossível não entrar na história e junto com Pietro viajar pelo mar sem fim e culturas tão diferentes.

Dois capítulos para reflexão: "Os dois pés de Oliveiras" sobre a crucificação de Jesus e " O homem e sua terra", o retorno a pátria amada.

Roberto Marcelo, paulistano, jornalista acredita na arte de contar histórias e vai sendo descoberto aos poucos com seus romances recheados de sentimentos e poesia. Estudou o antigo primário (hoje ensino fundamental) numa escola perdida em um morro da zona leste de São Paulo, conhecida como "Cortez". Infância humilde, filho de mãe analfabeta de alma nobre, porém tão sonhadora como ele próprio, que sempre lhe dizia: "meu filho estude!". Roberto não desistiu da arte de sonhar e tornar sonhos em realidade. O primeiro livro, "As Montanhas" o lançou no mercado editorial. Livro que apresenta na capa uma tela do pintor Cézanne. Parece que será o estilo do escritor, homenagear grandes pintores atráves de seus livros. O escritor amadureceu muito de um livro para o outro. A Penúltima Fronteira exigiu horas incontáveis de pesquisa e dedicação.

Segundo Alcione Araújo, romancista e dramaturgo, em seu texto Esquizofrenia na educação e cultura, "a tiragem média deu um romance no Brasil é de 3.000 exemplares, dos 186 milhões de habitantes, a educação - estudantes e professores do ensino fundamental ao doutorado - envolve 55 milhões que não usufruem a produção artística, os números revelamm enorme desinteresse pela arte. O país vive esquizofrênia fratura: uma educação sem cultura e uma criação artística sem público. A economia pode até crescer, mas cresce sem alma".

Roberto Marcelo pretende com seus romances ajudar a mudar esse quadro.

Rita de Cássia