segunda-feira, 2 de julho de 2012
Páginas em rosa
Amo-te
Por que eu?
Porque me ocupa a vida, o rosto, braços e pernas, pele e suor, unhas e
pescoço e tudo e mais e muito mais
Porque és belo Senhor e tens o Espírito adocicado, suave e amado
És benigno e tua benignidade alojou-se em mim
Assim como a brisa quente domina a tranquilizar mares profundos e subalternos
És uma joia para mim, não a que se encontra em lojas finas ou butiques de glamour
Mas uma joia rara, de brilho autêntico, que bem sei encontraria apenas após percorrer noventa e oito anos o mundo bastante
e, só diante de ti encontraria, tamanha beleza
Tive sorte, no auge da vida, quando nada era o que buscava, então pude me deparar com teus olhos,
sorrisos, e gestos e esplendor a brilharem em mim, como jamais havia me chegado
Já no primeiro olhar, levaste meu coração, o pensamento, as lágrimas e os sentimentos
De imediato me questiono: “onde me caberia tamanha beleza?
Reconstruindo-me durante o resvalar do pensamento com o coração
Não tive noites ou dias
Sons ou silêncios
Falas ou olhares Lágrimas ou sorrisos
E o deitei em mim, para que permaneças meu, amado mestre e Cristo
Certo, me dizem, me dirão: “que louco és!”
Sim melhor me é ser louco, do que a passar pela vida despido de tamanha beleza de sentimentos
Louco sim, covarde jamais!
Covardia que não possuo, nunca possuirei
A covardia é para os fracos que se trancam em mundos intransferíveis,
inventados
Eu mesmo mundo não o tenho e minha coragem é o alicerce que impulsiona-me as palavras de amor que sinto por ti,
querido Jesus
Quem mais me amaria assim, ou me desejaria com tanta força?
E eu tentando ao menos escrever um ensaio de tua formosura...
E tua habitação, as janelas, que tesouro elas possuem.
Enquadradas te assistem, muito mais do que estas páginas em rosa que te escrevo