sábado, 6 de setembro de 2014

Sobre a Bienal do livro em São Paulo





Visitei a 23º edição da Bienal do livro de São Paulo, segundo estatísticas do site globo.com, passaram por lá 720 mil pessoas, menos que na jornada de 2012, que foram 750 mil e um dia a mais de feira.
Logo que cheguei me dirigi para adquirir o ingresso de acesso ao interior da feira e para minha surpresa havia uma multidão de gente na fila de acesso às bilheterias. Em 2 horas e meia de espera, enfrentando o calor, pois estávamos em um galpão fechado com pouca ventilação, enquanto disposto, pude contar até 200 garrafinhas pet de água espalhadas pelo chão, acompanhadas de copinhos de sobremesas, papéis e restos de sanduíches e outras tranqueiras mais, que tornavam o ambiente imundo. E pensei, puxa um público que lê livros, que se diz critico e diferenciado pela literatura, faz essa sujeira toda? Atônito e firme continuei até a bilheteria.Ao chegar, o sistema on-line de impressão dos ingressos teve uma pane, presencie a simpatia de gritos, insultos, palavras que as crianças não devem ouvir, entre funcionários e visitantes, uma senhora se aproximou e disse: é a primeira vez que venho a feira e vejo todo esse desarranjo, de certo que na próxima passarei longe daqui!
Um mar de pessoas na fila de acesso as bilheterias
Com ingressos nas mãos, seguimos para a feira, ao adentrar meu coração apaixonado por livros como tem sido há anos, acelerou de emoção. Visitei algumas lojas, inclusive da Editora Giz que publica meu livro “o menino que só assistia” e feliz de vê-los no interior da loja em uma pequena pilha me senti bem, pude ter o privilégio de encontrar com Luiz Schwarcz editor da Companhia das Letras, que orientava os leitores em sua loja a encontrarem melhores opções de leitura. Uma rápida conversa com ele me serviu como acalento para a dura jornada que tenho pela frente.


Ao final saí satisfeito de ver tantas pessoas em busca de livros, pois a cada dia me interessa menos literatura e muito mais o ser humano que deseja fazer o bem a seu próximo e ao planeta que vive.
Roberto Marcelo e Luiz Schwarcz da Companhia das Letras